Esta experiência é uma das primeiras de utilização de geometria dinâmica
com alunos dos dois professores que as realizaram. Um dos professores iniciou a
experiência com a construção de representações com papel e lápis, o outro iniciou
com o recurso ao GeoGebra. A reflexão associada a esta experiência foca por
isso uma comparação entre estas duas orientações (Faneco & Valério, 2022).
A tarefa
Em ambos os casos, a tarefa proposta aos alunos foi a de construírem um polígono regular inscrito numa circunferência.
Algumas reflexões
“O que aconteceu nas várias turmas foi muito semelhante e somos levados a concluir que a experiência prévia de construir polígonos inscritos com papel e lápis não parece ter tido grande influência na construção com recurso ao AGD. Nenhum dos alunos que já tinha construído polígonos inscritos usou a construção de ângulos ao centro com uma dada amplitude para fazer a construção em GeoGebra. O que nos parece interessante evidenciar é que o desafio estava lançado entre os alunos e a necessidade de encontrar uma forma de representar um polígono inscrito requer a mobilização de outros conhecimentos. Fazer uma construção realmente dinâmica é de muito maior exigência.” (p. 14)
“A apreciação dos alunos que utilizaram o GeoGebra após o uso de papel e lápis foi evidenciada na avaliação que fizeram. Se para muitos a construção em papel e lápis foi interessante, para a grande maioria, o GeoGebra teve um papel fundamental quer na rapidez das construções, quer na construção de conhecimento que a própria representação proporcionou.” (p. 16)
“Enquanto professores e após esta experiências, ficamos motivados para refletir sobre estas ideias e usá-las para melhor compreender a utilização de representações e o seu papel na aprendizagem. As representações realizadas e o conhecimento construído, mobilizando as aprendizagens feitas pelos alunos, permite-nos refletir sobre o papel do professor enquanto decisor e gestor do programa, não só relativamente à utilização de AGD, das tarefas selecionadas e propostas aos alunos, mas também à compreensão desenvolvida quando se utiliza uma ferramenta que permite a construção e a relação entre representações geométricas.” (p. 16)
Para saber mais
Faneco, C., & Valério, N. (2022). Polígonos inscritos — do lápis e papel ao GeoGebra. Educação e Matemática, 166, 13-16.
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